Vivi a maior parte do
século XX, devo acrescentar que não sofri provações pessoais. Lembro-o apenas
como o século mais terrível da história.
Isaiah Berlin (filósofo)
in Eric Hobsbawn. Era dos Extremos.
1. Julgue os
itens abaixo, a respeito dos acontecimentos e conflitos que marcaram o século
XX e que permitem qualificá-lo como “o século mais terrível da história”.
(1) Para o historiador Eric Hobsbawn, a destruição do
passado é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século
XX: os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer
relação orgânica com o passado público da época em que vivem.
(2) O mundo que se esfacelou no fim da década de 1980 foi o
mundo formado pelo impacto da Revolução Russa de 1917.
(3) A Primeira Guerra Mundial assinalou o colapso da
civilização ocidental do século XIX e deu início a uma civilização que se
apresentava capitalista na economia; liberal na estrutura legal e constitucional;
burguesa na imagem de sua classe hegemônica.
(4) A Segunda Guerra Mundial separou, desde seu início, as
potências liberais, vinculadas aos EUA, e os países comunistas, sob liderança
da URSS.
A força vital de um
povo, o seu direito à vida, se manifestam quando aparece alguém para
conduzi-lo.
Adolf Hitler
2. Sobre a
trajetória nazifascista, julgue os itens.
(1) O fascismo é
caracterizado por um nacionalismo e um imperialismo exacerbados, constituindo-se
num movimento de natureza bastante eclética, cujo princípio básico estava na
rejeição – pois era antidemocrático, anti-socialista, antipacifista,
anti-humanista, antiliberal, antiparlamentar e assim por diante.
(2) A ascensão de
Hitler ao poder promoveu o despertar de um nacionalismo ferido, vencido e inquieto,
expresso em palavras de ordem como "Alemanha desperta!".
(3) A fragilidade dos
regimes democráticos da Inglaterra e da França e o isolacionismo
norte-americano facilitaram a política expansionista de Hitler, concretizada em
acontecimentos como o "anschluss" (anexação da Áustria) e a invasão
da Tchecoslováquia.
(4) O nazifascismo foi
um fenômeno político que mobilizou intensamente as massas populares com
discursos de grandiosidade de luta e
esperança, no entanto ficou restrito às fronteiras da Alemanha e Itália.
(5) A ascensão da
extrema direita ao poder na Áustria (fevereiro de 2000) desperta um velho fantasma
que amedronta o mundo desde a sua criação, o nazismo de Adolf Hitler.
Os primeiros dez anos que se
seguiram ao fim da Primeira Grande Guerra foram anos de ilusão, da Ilusão da
Paz. A fase correspondia àqueles momentos de “prosperidade” que caracterizam as
alternâncias cíclicas do sistema capitalista.
No entanto, com a
Crise de 1929 e a Grande Depressão, os antagonismos latentes voltaram a se
manifestar. E o sistema de segurança coletiva internacional não foi suficiente
para solucionar, por meios pacíficos, tais antagonismos. Daí as pretensões imperialistas
das grandes potências de romperem o precário equilíbrio internacional, e, de
crise em crise, o mundo caminhou para a Segunda Guerra Mundial
Rubens S. L. de Aquino. História das Sociedades.
3. Sobre a Segunda
Guerra Mundial e o quadro internacional do pós-guerras, julgue os itens.
(1) A polarização
ideológica configurada no entre-guerras e agravada pela crise econômica de 1929
reativou os contrastes latentes entre as nações beligerantes da Primeira
Guerra, levando o mundo a um novo conflito bélico.
(2) A política de
apaziguamento anglo-francês, o isolacionismo norte-americano, a ação empreendedora
e pacifista da Liga das Nações impediram a política expansionista alemã e
Italiana.
(3) A participação
brasileira na Segunda Guerra foi apenas formal, o governo Vargas se limitou ao apoio
diplomático aos países aliados.
(4) A participação
soviética e norte-americana deu novo impulso e alento aos países aliados, revelando,
ao término da guerra, duas novas potências que iriam se rivalizar nos anos
posteriores, dando origem à Guerra Fria.
(5) O ocaso europeu, a
ascensão norte-americana e soviética favoreceram os movimento de independência
das regiões afro-asiáticas.
A linha demarcatória
entre o século XIX e o século XX passa geralmente pelo que até 1939 se chamou a
Grande Guerra, quando outra a desclassificou, substituindo-lhe o epíteto por um
simples adjetivo ordinal: a Primeira Guerra Mundial.
René Rémond. O Século XX
4. Sobre o
século XX, julgue os itens.
(1) A Primeira Guerra
foi fruto das disputas imperialistas, reforçadas pelo latente nacionalismo e pelas
velhas rivalidades entre as nações européias.
(2) No período
entre-guerras assistimos à explosão dos totalitarismos, tanto de esquerda
(stalinismo) quanto de direita (nazifascismo), levando a uma intensa
polarização ideológica que se refletiu por várias regiões, inclusive o Brasil
durante o governo Getúlio Vargas.
(3) A Segunda Guerra
mundial foi resultado direto das disputas imperialistas entre Estados Unidos e União
Soviética, sendo os demais países e interesses meros acessórios no contexto da
Guerra.
(4) O governo Vargas, desde os primeiros momentos da
Segunda Guerra, fez uma clara opção de apoio aos Estados Unidos, declarando
guerra à União Sóviética.
5. Sobre a
Segunda Guerra Mundial, julgue os itens.
(1) A vitória do general
Franco e a implementação de um regime fascista na Espanha significou o apoio
incondicional desta aos planos expansionistas da Alemanha.
(2) A Eclosão da
guerra foi facilitada pela política de apaziguamento adotada pela França e pela
Inglaterra frente às primeiras ações expansionistas da Alemanha em território
europeu.
(3) Na sua primeira
fase – setembro de 1939 a
maio de 1940 – a guerra é essencialmente um conflito europeu.
(4) A participação
norte-americana e soviética em lados opostos
é fundamental para o desfecho da Guerra em favor dos países do eixo.
(5) No conflito,
destacou-se o fato da maioria dos países latino-americanos apoiarem
incondicionalmente os países do eixo.
6. Sobre a
nova ordem internacional, estabelecida após a Segunda Guerra Mundial, julgue os
itens.
(1) O nascimento da
Organização das Nações Unidas e dos mecanismos de Bretton Woods desenharam, nos
planos jurídico e econômico, as forças reais dos vencedores de 1945.
(2) A política das
áreas de influência se tornou um modelo a ser aplicado a nível internacional:
era o "sistema de Yalta".
(3) A consolidação da
paz colocou em um primeiro plano das relações internacionais os debates sobre
segurança internacional e sobre o controle de armas atômicas.
(4) A criação do
estado de Israel em 1948 colocou fim ao conflito milenar entre judeus e
muçulmanos pelo controle de territórios palestinos.
(5) A Europa, mesmo
diante do crescimento da importância política e militar dos EUA e da URSS,
manteve a sua postura hegemônica sobre o mundo.
O objetivo central da nova regulamentação
do sistema multilateral de comércio é o de responder aos requerimentos do
fenômeno já identificado como globalização, isto é, a internacionalização
crescente dos circuitos produtivos e dos sistemas financeiros. Mas, esse
processo encontra paralelo ou compensação no outro fenômeno característico dos
anos 1980 e 1990, conhecido como regionalização.
Paulo Roberto de Almeida. Da Construção do Mundo Liberal à Globalização.
7. Com base
no texto e em seus conhecimentos sobre a nova ordem econômica mundial, julgue
os itens.
(1) A globalização da
economia, apesar do surgimento de blocos econômicos regionalizados, vem
promovendo uma recuperação da economia mundial, eliminando as disparidades de
desenvolvimento nas mais diversas áreas do globo terrestre.
(2) Na seqüência do
processo de internacionalização da economia, assistimos à importante atuação da
diplomacia econômica com a finalidade precípua de liberar o acesso aos mercados
de bens e serviços, desregulamentar atividades, proteger a propriedade
intelectual e eliminar as fronteiras políticas ao livre fluxo dos capitais
privados.
(3) O livre fluxo de
capitais privados pelos diversos países vem provocando uma grande estabilidade
econômica das áreas periféricas, com o conseqüente aumento do nível de renda, o
crescimento da oferta de empregos e uma sensível recuperação do padrão de vida
nestas regiões periféricas.
(4) O Brasil,
classificado como país emergente, ..
A Declaração Universal dos Direitos do Homem funciona como código moral comum
entre as nações que emergiram da Segunda Guerra (1939-1945) e precisavam de um
símbolo de repúdio internacional aos horrores que levaram a 41 milhões de
mortos.
Desde 1948, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos determina, em seus artigos 5º, 6º e 7º, que ninguém será submetido a tortura nem a
penas ou tratamentos cruéis, ou desumanos ou degradantes. E que todos os
indivíduos têm direito ao reconhecimento da sua personalidade jurídica, sendo
iguais perante a lei.
Correio Braziliense.
8. Sobre a
aplicação e as condições que levaram à adoção da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, julgue os itens.
(1) O alto índice de
mortalidade, a existência de campos de concentração, o fragoroso desrespeito
pela vida e individualidade foram fatores que estimularam a criação dos
princípios norteadores da Declaração dos Direitos Humanos.
(2) A Declaração dos
Direitos Humanos é um documento sem precedentes na História, pois em nenhum
momento anterior ocorreu a preocupação em preservar os direitos humanos.
(3) O Brasil, desde
1945, vem pautando a sua conduta, bem como a sua ação a nível interno, no respeito
às normas internacionais que regem a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A tortura, o exílio, as chacinas nos campos e cidades não fazem parte, há
muito, da história brasileira.
(4) A América Latina,
no contexto da Guerra Fria, foi palco para a implantação de ditaduras, algumas
sob o patrocínio norte-americano, cujos governantes, atores principais da cena
política, desrespeitaram frontalmente os pressupostos da Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
Assim, pode-se dizer
que o neoliberalismo é a manifestação atual da ideologia selvagem e agressiva
do capital financeiro (ou seja, do imperialismo), em sua busca sem limites por
superlucros, após um período relativamente longo de disputa entre capitalismo e
socialismo, após a derrota do campo socialista e a incorporação da maior parte
dos antigos socialistas (sobre- tudo da União Soviética) ao campo imperialista,
num quadro de liberdade sem limite para o capital financeiro globalizado e de
marginalização social sem precedente para a maior parte da população mundial, e
da ameaça à soberania da maioria das nações que integram o restrito grupo das
potências imperialistas
9. Sobre os
vários momentos da estruturação econômica das nações, analise os itens abaixo.
(1) O pensamento
econômico denominado liberal está vinculado diretamente às condições de mercado
e produção econômica desenvolvida com o advento da Revolução Industrial.
(2) O liberalismo
econômico, ao contrário do neoliberalismo, defendia veementemente uma ampliação
dos direitos trabalhistas por meio da organização de sindicatos, de entidades
de classes dos trabalhadores, bem como uma remuneração digna ao trabalhador
proletário.
(3) O liberalismo
econômico se fortaleceu assustadoramente com os desdobramentos da crise econômica
de 1929, em que os governos procuraram adotar políticas liberalizantes e não
intervencionistas, como instrumento de superação da grave crise que abalou a
economia mundial cujo epicentro foram os Estados Unidos.
(4) A onda neoliberal
que vem arrastando as economias mundiais teve origem nos Estados Unidos e na
Inglaterra ao longo dos anos setenta, chegando ao Brasil a partir do governo
Collor.
(5) No Brasil, assim
como nos demais países nos quais foi
adotado, o neoliberalismo tem promovido uma recuperação significativa da
qualidade de vida das populações menos favorecidas, recuperação que está
acompanhada pelo alto índice de emprego e moralização da administração pública
e saneamento das contas governamentais.
10. O atual
conflito envolvendo as disputas religiosas e territoriais entre judeus e
palestinos, nos remete ao passado não
tão remoto e nos faz lembrar de momentos históricos nos quais populações civis
foram submetidas, exploradas e massacradas em nome dos interesses maiores das
Nações.
(1) A Primeira Guerra Mundial teve origem nas disputas,
entre as Nações européias, pelo controle de mercados consumidores de
industrializados e absorvedores de capitais excedentes, áreas estratégicas para
o comércio e/ou segurança, além da hipócrita desculpa de defesa dos direitos de
minorias étnicas.
(2) Os estados
totalitários consolidados no período entre-guerras desenvolveram, a exemplo do
atual governo da Iugoslávia, uma grande limpeza étnica em seus países,
principalmente Alemanha e União Soviética.
(3) A Segunda Guerra
Mundial foi uma exceção no contexto das guerras, pois nela não se encontravam
presentes interesses econômicos, mas apenas humanitários. Era preciso
deter o governo alemão que massacrava a
minoria judaica.
(4) No Brasil, em
alguns momentos de sua História, podemos constatar o massacre de pessoas por
governos autoritários, não com a desculpa de limpeza étnica, mas de limpeza
ideológica como ocorreu no governo Médici, cujo um dos lemas era "Brasil:
ame-o ou deixe-o."
(5) A preocupação
internacional com o conflito entre judeus e palestinos deve-se, exclusivamente,
a interesses humanitários, uma vez que os judeus foram perseguidos
violentamente pelo nazismo, enquanto os palestinos vagueiam pelo mundo, até o
momento em busca de territórios.
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