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domingo, 28 de abril de 2013

EXERCÍCIOS - REPÚBLICA VELHA 3º ANO 2013

exercícios 3º ano República Velha




1. (UnB-99) – O Brasil, na passagem do século XIX para o século XX, vivia a transição de suas instituições sociais, econômicas e políticas, herdadas do Império, para um novo século, republicano. Julgue os seguintes itens, relativos a esse período.
(1) As heranças do sistema escravista foram rapidamente suprimidas no início do novo século, especialmente no que se refere ao destino social das grandes massas de afro‑brasileiros, que conquistaram liberdade social e econômica plenas.
(2) A força da indústria impôs‑se já nos primeiros anos do século, rompendo o Brasil sua tradição agrária e exportadora.
(3) A presença de grandes massas de imigrantes brancos europeus modificou dramaticamente a composição demográfica do Nordeste brasileiro na primeira década do novo século.
(4) A política republicana do início do século XX rompeu as tradições políticas oligárquicas existentes no Império brasileiro.


"Essa não é a República dos meus sonhos".

2.  (UCB-99) – Leia a frase nostálgica dita por um republicano, anos depois da proclamação, e assinale verdadeiro ou falso nos itens seguintes.
(1) A insatisfação com a República pode ser justificada pela continuidade, no novo regime, de uma estrutura de poder nas mãos dos latifundiários e pela continuidade do voto censitário.
(2) O Nordeste, que já fora o centro econômico do país, durante a República Velha transformou-se num palco hostil e miserável, sem perspectiva de melhoras, desencadeando a formação de grupos cangaceiros ou aqueles que se agrupavam em torno de um líder religioso.
(3) As exacerbadas críticas à República Velha limitaram-se, basicamente, ao Nordeste tomado pela opressão dos coronéis, pois nas cidades a situação do operário era bem mais amena.
(4) A República oligárquica, além de submeter a sociedade brasileira a um modelo político que lhe tolhia a livre participação – voto de cabresto –, sofria, também, com uma política econômica em defesa exclusiva do café, com a prática da "socialização das perdas".
(5) O movimento político-militar tenentista foi extraordinariamente popular, pois os tenentes acreditavam que o povo, mesmo despreparado, era capaz de lutar por seus próprios interesses, contudo precisaria do aparato militar.

3.  (UnB-98) – A respeito das características políticas da República Velha ou Primeira República (1889‑1930), julgue os itens seguintes.
(1) O governo republicano dificultou a consolidação da autonomia estadual, dando pouca expressão aos grupos oligárquicos e aos interesses de cada região.
(2) São Paulo saiu à frente nos primeiros anos da República ao alcançar seus objetivos na Constituinte, com o apoio dos mineiros, e ao ter preparado o caminho para as presidências civis.
(3) O sistema eleitoral vigente dificultava, na prática, o pleno exercício da vida democrática.
(4) Os interesses internacionais do Brasil foram submetidos à diplomacia da agroexportação, pois atendiam aos objetivos restritos da burguesia dominante, especialmente aquela vinculada ao setor cafeeiro.




4.  (UnB-2º/99) – Leia, a seguir, um trecho de um discurso pronunciado em 1914, pelo então senador Rui Barbosa, atacando o governo do marechal Hermes da Fonseca, que o havia derrotado nas eleições presidenciais (Campanha Civilista).

A sustentação da verdade atualmente, na política brasileira, é um verdadeiro trabalho de Sísifo. Toda vez que ela consegue chegar à altura da montanha, conduzida por esforços ingratos da imprensa ou da tribuna, todos os interesses lhes metem os ombros para fazê‑la rolar outra vez montanha abaixo, até o seu ponto de partida. Eu já não sinto atrações por esses excessos, por este desporto ocioso, por estes diálogos estéreis de tribuna, por esta luta de discursos ante um auditório indiferente, uma Câmara indissoluvelmente matrimoniada com o Governo, um país cadavericamente impassível a todas as desgraças que o acabam. ( ... ) Tolerância!! Mas que têm sido estes quatro anos de Governo militar, senão uma época de privilégios, de exclusivismos, de favores, de nepotismos, de desigualdades clamorosas em favor dos homens da situação, de perseguições audazes, acintosas, cruentas contra os seus antagonistas?

Com auxílio do texto, julgue os itens que se seguem.

(1) O início do governo de Hermes da Fonseca foi marcado pela Política das Salvações, apeando do poder muitas oligarquias estaduais; no fim, sob inspiração de Pinheiro Machado, retomou‑se a prática de apaziguamento entre as elites.
(2) Ao ser derrotado por Hermes da Fonseca, Rui Barbosa protagonizou um fato único na República Velha: um candidato da situação perder uma eleição presidencial.
(3) A partir da análise do texto de Rui Barbosa, é correto concluir que a revolução de 1930 significou uma ruptura no processo histórico brasileiro, alterando radicalmente as práticas políticas existentes no país.
(4) Nem só de mudanças se faz a História: em 1999, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para examinar atos do Poder Judiciário teve na denúncia da prática de nepotismo uma das fortes razões para sua constituição.

EXERCÍCIOS REVOLUÇÃO FRANCESA 2º ANO 2013

exercícios sobre Revolução Francesa



REVOLUÇÃO FRANCESA

(...) É preciso punir não apenas os traidores, mas até os indiferentes; punir quem quer que seja passivo na República e não faça nada por ela; pois desde que o povo francês manifestou sua vontade, tudo que se opõe a ele está fora da soberania...é seu inimigo.
Saint Just (deputado jacobino)

1. Sobre a Revolução Francesa, julgue os itens abaixo:
(1) A Revolução teve início quando os jacobinos se rebelaram contra o pagamento dos impostos, proposto por Luís XVI nas Assembléias dos Estados Gerais, pois lutavam pela manutenção de seus antigos privilégios.
(2) A fase mais radical da Revolução, a época do Terror, resultou da concentração dos poderes nas mãos de Robespierre, que opunha-se a qualquer princípio republicano.
(3) A burguesia republicana (girondinos) enfrentou em 1796 a reação dos igualitaristas radicais e dos jacobinos, em um movimento conhecido como Conspiração dos Iguais.
(4) Napoleão assegurou à burguesia a estabilidade política e pôs fim aos distúrbios provocados pela “esquerda” igualitária e pela reação monarquista.
(5) A Revolução Francesa dominou a história, a própria linguagem e o simbolismo da política ocidental desde sua irrupção até o período que se seguiu à Primeira Guerra Mundial.


2.  A revolução burguesa de 1789 representou uma mudança qüalitativa nas relações estabelecidas na França e, por extensão, a toda Europa. Sobre ela podemos dizer:
(1) as relações servis de produção, ainda existentes, dificultavam as práticas capitalistas a toda economia francesa.
(2) o despotismo monárquico contrariava os interesses aristocráticos, mas satisfazia as intenções financeiras da burguesia.
(3) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão aboliu as prerrogativas feudais, mas não permitiu a emancipação definitiva do campesinato.
(4) à época do "Terror" houve a eliminação das dissidências políticas e a efetiva organização do poder popular.
(5) a ascensão de Napoleão representou a consolidação das conquistas burguesas e o impedimento para o avanço das reivindicações populares.
(6) os partidos girondinos e jacobinos não possuíam diferenças substanciais, porque seus componentes pertenciam a uma mesma base econômica.


Em sua forma mais geral, a ideologia de 1789 era a maçônica, expressa com tão sublime inocência na Flauta Mágica de Mozart (1791), uma das primeiras grandes obras de arte propagandísticas de uma época em que as mais altas realizações artísticas pertenceram tantas vezes à propaganda. Mais especificamente, as exigências do burguês foram delineadas na famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789.
Eric Hobsbawn. A Era das Revoluções

3.  Julgue os itens abaixo a respeito da Revolução Francesa de 1789:
(1) O pensamento liberal do século XVIII remonta à contribuição do inglês John Locke, para quem a propriedade privada era um direito natural e inviolável.
(2) A primeira brecha no fronte do absolutismo foi uma “assembléia de notáveis” escolhidos a dedo, mas assim mesmo rebeldes, convocada em 1787 para discutir o fim dos privilégios do 1o e 2o estado.
(3) A Revolução Francesa envolveu distintos setores e ideologias: a nobreza realista e conservadora; a alta burguesia liberal; e os jacobinos, representantes da pequena burguesia, “sans-culotte” e camponeses, que defendiam os interesses populares.
(4) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão era um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios e, ao mesmo tempo, um manifesto a favor de uma sociedade igualitária e democrática.
(5) O burguês clássico de 1789 não era um democrata, mas sim um devoto do constitucionalismo, de um Estado secular com liberdades civis e garantias para a empresa privada e de um governo de contribuintes e proprietários.


4.  Entre as revoluções liberais do século XVIII sobressai a francesa, de 1789 a 1815. Pode-se, então, afirmar que:
(1) na verdade, foi uma revolução com três visões revolucionárias distintas: a da burguesia, a do campesinato e a dos sans-culottes.
(2) foi marcada, em sua primeira etapa, por um governo de compromisso entre a burguesia e a nobreza, materializado no regime monárquico-parlamentar.
(3) atingiu seu ponto máximo de radicalização popular no período do Thermidor.
(4) tem na figura de Napoleão Bonaparte o seu consolidador, aquele que levou os princípios burgueses a grande parte da Europa.
(5) serviu de inspiração aos colonos ingleses da América do Norte, para o início de sua luta pela independência.
(6) foi responsável pelo Bloqueio Continental, ampla medida protecionista e militar para vencer a concorrência inglesa.





5.  Leia o texto a seguir, escrito em janeiro de 1789 pelo abade Sieyés, personagem que presenciou todas as etapas da Revolução Francesa.

O plano desse escrito é muito simples. Temos três questões a tratar: 1) O que é o Terceiro Estado? Tudo. 2) Que foi ele até o presente na ordem política? Nada. 3) Que solicita? Tornar‑se alguma coisa. (...) Mas de que Ihe serviria participar dos Estados Gerais se o interesse contrário ao seu aí predominasse? O povo apenas consagraria pela sua presença a opressão de que ele seria vítima eterna.
Com o auxílio das informações contidas no texto, julgue os itens seguintes, relativos às origens da Revolução Francesa de 1789:
(1) Os Estados Gerais, assembléia francesa desativada pelo vigoroso absolutismo vigente, foram convocados às vésperas da Revolução, na tentativa de se encontrarem saídas para a crise geral que abalava o país.
(2) A composição dos Estados Gerais refletia a divisão da sociedade em três ordens: clero, nobreza e terceiro estado, este com um número de representantes compatível com sua dimensão na sociedade francesa, isto é, uma bancada superior à das outras ordens juntas.
(3) A questão de como seria o sistema de votação impediu o funcionamento dos Estados Gerais: enquanto clero e nobreza defendiam o voto por ordem, o terceiro estado não abria mão do voto por cabeça.
(4) A Revolução teve início quando os representantes do terceiro estado afastaram‑se dos Estados Gerais.



6.  Na passagem do século XVIII para o XIX, até meados deste, implantou-se definitivamente o capitalismo e suas crises inerentes. Nesse período constatamos que:
(1) a Revolução Francesa foi um ponto de partida para a consolidação da burguesia no controle dos Estados na Europa Ocidental.
(2) o monopólio comercial foi um mecanismo que acelerou a acumulação primitiva do capital e, conseqüentemente, o advento da indústria, mas, paradoxalmente, a difusão desta exigia a extinção do monopólio.
(3) com a tomada da Bastilha, a 14 de julho de 1789, o "grande medo" toma conta da França; as massas populares assumem o controle político do Estado, abolindo os privilégios feudais e proclamando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
(4) o Congresso de Viena (1815) redimensionou o espaço ocidental, retardando o processo de industrialização na Alemanha e na Itália.

7.  Sobre a Revolução Francesa e a ascensão  de Napoleão Bonaparte, julgue os itens abaixo:
(1) A Revolução Francesa (1789/1799) foi uma revolução burguesa. Voltou-se contra o Absolutismo dos Bourbons e os privilégios da nobreza e do clero que entravavam o desenvolvimento do capitalismo.
(2) Dentre as fases da Revolução estão: a Assembléia Nacional (fase moderada); Assembléia Legislativa (fase de transição); a Convenção Nacional (a revolução atinge seu ponto máximo de "ebulição"); e o Diretório (fase de instabilidade política e econômica).
(3) Graco Bebeuf, chefe da Conjuração dos Iguais, é considerado um revolucionário marxista.
(4) Napoleão Bonaparte, em 9 de novembro de 1799, aplica o Golpe do 18 do Brumário e toma o poder, implantando o Consulado.



O Congresso de Viena foi orientado sobretudo pelo princípio da legitimidade e pelo ideal do equilíbrio europeu. (...) O espírito conservador, assumido pelos delegados de Viena, contribuiu para uma política agressiva de conquista de mercados, praticada pelas potências européias, gerando rachaduras  no edifício político europeu.
Myriam B. Mota & Patrícia R. Braick.
 História das Cavernas ao Terceiro Milênio




8. Sobre o Congresso de Viena e a conjuntura européia da primeira metade do século XIX, julgue os seguintes itens:
(1) As decisões do Congresso de Viena, de caráter conservador, impediram a eclosão de movimentos liberais na Europa.
(2) A Inglaterra desenvolveu uma “política agressiva de conquista de mercados”, que incluiu o apoio às independências latino-americanas e que concorreu para o fracasso relativo da Santa Aliança.
(3) A Europa, equilibrada em suas relações internacionais, viu crescer o movimento operário e as ideologias do socialismo utópico e científico.
(4) Conservadora em termos políticos, a Europa desenvolveu uma política econômica liberal, que tendeu à superação progressiva dos nacionalismos europeus e permitiu um avanço rumo à unidade européia.
(5) Ao aproximar-se a metade do século, o capitalismo europeu apresentava sinais de que o capitalismo liberal cedia espaço ao capitalismo monopolista, com indústrias que utilizavam matérias-primas de vários lugares e buscavam mercados em quase todas as partes do mundo.

      A série de agitações e movimentos revolucionários que caracterizam a sociedade européia após 1815 está ligada à insatisfação burguesa ante o estatuto político e social fixado em 1815 pelas forças conservadoras, insatisfação essa que nada mais é que a tradução, no plano social e ideológico, dos antagonismos suscitados pelo rápido desenvolvimento da produção capitalista industrial.
F. Falcon e G. Moura. A formação do mundo contemporâneo.

9.  Com o auxílio do texto, julgue os itens abaixo, relativos à evolução política ocidental nas primeiras décadas do século XIX:
(1) O Congresso de Viena (1814-1815) defendeu o retomo à ordem anterior à Revolução Francesa e ao período napoleônico, restaurando as antigas fronteiras européias e preservando os sistemas coloniais.
(2) Sob a inspiração de Metternich, chanceler austríaco, o Congresso de Viena consagrou o sistema europeu das grandes potências, autêntica barreira conservadora em torno da França.
(3) A Santa Aliança, nascida no Congresso de Viena, obteve êxito em sua tentativa de impedir as independências latino-americanas e as revoluções liberais na Europa.
(4) Fazendo um jogo de dupla face, a Inglaterra foi conservadora na Europa e liberal em relação às colônias latino-americanas que buscavam sua independência.
"Os filósofos se erigiram como preceptores do gênero humano. Liberdade de pensar, eis seu brado, e este brado se propagou de uma extremidade a outra do mundo. Com uma das mãos, tentaram abalar o trono; com a outra, quiseram derrubar os altares. Sua finalidade era modificar nas consciências as instituições civis e religiosas e, por assim dizer, a revolução se processou (...)"
(Advogado Séguier - 1770)

10.       As revoluções burguesas transformaram a realidade mundial entre os séculos XVII e XIX. A respeito desse contexto histórico, podemos afirmar que:
(1) a Revolução de 1688, na Inglaterra, representou o triunfo da burguesia capitalista sobre o absolutismo.
(2) a questão tributária foi pré-condição dos princípios de cidadania, tanto no caso da Independência Americana como no caso da Revolução Francesa.
(3) liberdade individual, liberdade de trabalho, liberdade de consciência, Estado leigo e igualdade perante a lei, foram princípios da Declaração de Independência Americana, mas não tiveram os mesmos aspectos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na França – 1791.
(4) Napoleão Bonaparte e o Congresso de Viena representaram os avanços conservadores do Antigo Regime, no quadro europeu do início do século XIX.

EXERCÍCIOS - ROMA 1º ANO 2013



EXERCÍCIOS - ROMA


Sobre a Antiga Civilização Romana, julgue os itens abaixo.
(1)  A luta entre patrícios e plebeus não constituiu apenas o motor histórico da instauração da República, mas foi fundamental para o estabelecimento do primeiro código escrito romano – a Lei das XII Tábuas.
(2 ) Quando de sua expansão pelo Mediterrâneo Oripental, principalmente durante o século II a.C., Roma fortaleceu o chamado regime senatorial, pois poucas foram as conseqüências socioeconômicas e políticas das conquistas para a Itália.
(3)  O mundo romano assistiu, durante o período do Alto Império, a um retrocesso considerável na vida urbana das províncias, o que acarretou uma espécie de renascimento rural em todo o Mediterrâneo.
(4)  Após ser legalizado pelo Imperador Constantino, o cristianismo avançou principalmente entre os setores urbanos, enquanto o paganismo ainda resistia entre as populações rurais.

2. Sobre a questão agrária na sociedade romana antiga, é correto afirmar que:
(1)  o uso generalizado de escravos contribuiu para a ampliação da plebe urbana e, portanto, do número de indivíduos sem terra e trabalho.
(2)  as  guerras expansionistas de Roma contribuíram para arruinar o pequeno produtor rural e para ampliação das grandes propriedades.
(3)  Tibério Graco tentou fazer a reforma agrária, estabelecendo um limite máximo para a posse das terras.
(4)  Caio Graco aplicou a lei de reforma agrária em alguns pontos da Itália e tabelou o preço do trigo para o consumo dos pobres.
(5)  as tentativas de reforma agrária na Itália só foram vitoriosas porque contaram com o apoio do patriciado.

3. (UnB) – Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e Ievantar-lhes a esperança de um emprego no governo. (...) A generosidade é um tema amplo. Talvez sua renda privada não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos podem ajudá-lo a agradar a plebe. Ofereça banquetes e providencie que seus amigos façam o mesmo, procurando atingir os eleitores ao acaso e o eleitorado específico de cada tribo. (...) Faça com que os eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se dirige a eles pelo, nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que se cumpriu, realmente, para a maior parte das pessoas.
Cícero. Notas sobre as eleições, versículos 41, 5O, 52, 54,
apud: P. Mackendrick, The Roma mind at work, p. 178‑9.

Com o auxílio das palavras de Cícero (106-43 a.C.), julgue os itens a seguir, relativos à história da Roma antiga.
(1)  As práticas clientelistas eram inexistentes no mundo político republicano, sendo a amizade e o compadrio relações que não ultrapassam a esfera do privado.
(2)  O Tribunal Eleitoral romano geralmente punia os abusos do poder econômico com a cassação dos candidatos infratores.
(3)  Na época de Cícero e mesmo depois, com a política do pão e circo, o povo, a plebe ou a massa constituía um elemento a ser cativado.
(4)  A propaganda eleitoral da República visava principalmente mulheres e escravos, que constituíam uma porcentagem considerável do colégio de volantes.

4. (UnB) – “Com a introdução do trabalho escravo em larga escala, o número de plebeus desocupados aumentou. A esta legião de desocupados somou-se o grande número de pequenos agricultores arruinados que se dirigiam para as cidades, especialmente Roma.”
Maurice Crouzet. História Geral das Civilizações.
Com  o auxílio das informações do texto acima, julgue os itens seguintes relativos à antiguidade romana.
(1)  A massa dos trabalhadores escravos  foi  obtida por meio das conquistas militares, que se iniciaram à época da República.
(2)  A substituição do trabalho plebeu pelo trabalho escravo possibilitou aos plebeus tornarem-se pequenos produtores agrícolas, que abasteciam as feiras urbanas.
(3)  As diversões foram um dos expedientes adotados pelos governantes para apaziguar as populações desocupadas: era o pão e circo.
(4)  O Estado assumiu o ônus de abrigar a grande maioria dos desocupados, enquanto a minoria abastada controlava as instituições políticas e dirigia o exército.

5. Uma pequena aldeia de camponeses e pastores localizada às margens do rio Tibre na Itália, transformou-se numa grande cidade. Esta cidade, dominada por povos, como os etruscos, passou a dominar todos os povos da península itálica.
Organizou um sistema de governo que atendia os interesses de grandes proprietários ávidos por mais riquezas. Esta avidez levou Roma a conquistar regiões fora da própria Itália, o que acabou transformando-a na capital de um vasto império.
 Acerca da História de Roma, julgue os itens em verdadeiros ou falsos.
(1)  O tribuno da plebe, que surgiu no auge dos conflitos sociais entre patrícios e plebeus, corrompeu-se e acabou tornando-se instrumento da aristocracia patrícia.
(2) A conseqüência social e econômica mais importante da expansão romana foi a introdução maciça do trabalho escravo, onde mais de 90% das atividades artesanais e comerciais eram exercidas pelos escravos. 
(3)  A reforma agrária proposta pelos irmãos Graco e aprovada pelo Senado foi a solução encontrada para resolver o despovoamento do campo, a proletarização e o empobrecimento do pequeno proprietário.
(4)  A partir do século III, observa-se profunda crise no Império Romano, ocasionada pela falta de escravos; as províncias do oeste iam aumentando sua importância, uma vez que o modo de produção escravista não constituía sua base econômica, como no caso das províncias do leste.
(5)  Instituindo o colonato, os grandes proprietários em Roma buscavam solucionar o problema da mão-de-obra, arrendando terras onde o colono estaria sob sua tutela, possibilitando a formação da servidão que caracteriza o feudalismo.

6. O Império Romano abarcou todo o Mediterrâneo, influenciando de maneira marcante o mundo europeu que surgiria posteriormente. Sobre o período imperial, julgue os itens a seguir.
(1)  O Senado configurou-se como a expressão maior do poder, instância deliberativa e executora da política imperial.
(2)  A expansão do escravismo correspondeu à expansão do imperialismo e, estruturalmente, comprometeu a base material romana.
(3)  O fortalecimento do Exército provocou disputas entre os generais na sucessão imperial, o que, de certa forma, contribuiu para a desestabilização das instituições políticas.
(4)  A oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador pelos cristãos, foram algumas das razões que levaram os imperadores a persegui-los.
(5)  A estagnação das formas primitivas de produção, baseadas principalmente no trabalho escravo, e na conseqüente incapacidade para satisfazer às necessidades materiais de uma população numerosa, levaram à decadência do Império.

7. Durante o governo de Nero (54-68), tiveram início as primeiras perseguições aos cristãos. Essas perseguições perduraram, de forma intermitente, até o governo de Diocleciano, que promoveu a última e mais cruel perseguição (303 a 305). Das causas que explicam as perseguições contra os cristãos, podemos destacar as seguintes; com exceção de uma:
a) os cristãos opunham-se à religião oficial de Roma, ao cultos pagãos tradicionais e ao culto à pessoa do imperador romano.
b) negando a religião oficial, os Cristãos opunham-se a diversas instituições romanas. Recusavam-se, por exemplo, a servir no exército pagão dos romanos.
c) o martírio dos Cristãos tornou-se um espetáculo de grande atração pública.
d) em momentos de crises sociais e econômicas, as autoridades governamentais de Roma promoviam perseguições aos Cristãos, utilizando-os como “bodes expiatórios” dos problemas da época.
e) o Imperador Constantino usa a perseguição aos Cristãos para consolidar seu poder, e para agradar a elite romana, proclama o Edito de Milão, proibindo o culto Cristão.

8. (UnB) Leia o texto abaixo, extraído de uma carta de Plínio, o Moço, ao imperador Trajano, datada de 112 d.C.
(...) “Nesse ínterim, segui os seguintes procedimentos com relação aos que se me apresentaram como cristãos. Perguntei-lhes, pessoalmente, se eram cristãos. Aos que confessavam, perguntei-lhes duas, três vezes. Os que não voltaram atrás foram executados. Qualquer que fosse o sentido da sua fé, sabia que por sua pertinácia e obstinação tinham que ser punidos. Outros, possuidores da cidadania romana, mantiveram-se na loucura e foram enviados para julgamento em Roma (...) Os que negavam serem, ou terem sido cristãos, se evocassem os deuses, segundo a fórmula que Ihes ditava, a se sacrificassem, com incenso e vinho, diante da sua imagem, que trazia comigo para tanto, juntamente com estátuas de outras divindades; se, além disso, blasfemassem Cristo – atitudes que, diz-se, não são possíveis de obter de verdadeiros cristãos – considerei apropriado liberar ... A questão pareceu-me digna da sua atenção, em particular devido ao número de envolvidos. Há muita gente, de toda idade, condição social, de ambos os sexos, que estão ou estarão em perigo. Não apenas nas cidades, como nos vilarejos e no campo, expande-se o contágio dessa superstição. Parece-me, entretanto, que se possa delimitá-la e corrigi-la”.
Carta de Plínio, o Moço, ao imperador Trajano,
de 112 d.C. Cartas (10, 96).

Com o auxilio das informações contidas no texto, julgue os seguintes itens.
(1)  Na época de Trajano, o chamado culto ao imperador já havia desaparecido por completo do mundo romano.
(2)  O cristianismo, que se expandia pelo mundo romano no século II, era uma religião seletiva, admitindo, como convertidos, somente cidadãos.
(3)  Plínio mostra como o sacrifício, o culto a imagens e os rituais com incenso e vinho foram empréstimos culturais feitos pelo paganismo ao cristianismo.
(4)  Por ser uma religião oriunda das regiões ocidentais do Império, o cristianismo era velho conhecido de Trajano, que nascera na chamada Roma Hispânica.

9. (UnB) – “Nada possui tanta força como o progresso de um regime municipal, cuja tendência, triunfante aliás, para a uniformidade, deve-se à generalização do ideal por ele representado e ao prêmio de que dispõe o Imperador de conferir o direito de cidade.”
A. Aymard e J. Auboyer. Roma e seu Império.

Julgue os itens que se seguem, relativos à história do Alto Império Romano.
(1)  A ordem senatorial apresentou, em número crescente, membros saídos da elite senatorial.
(2)  A construção, a multiplicação e o embelezamento das cidades, o desenvolvimento de uma elite abastada, que tinha gosto pelo luxo e pela cultura intelectual, constituíam uma tendência que já começara a se desenvolver com os reinos helenísticos.
(3)  O Edito de Caracala, do início do século III, conteve os progressos do “regime municipal” e do “direito de cidade”, alcançados durante os dois primeiros séculos do Império.
(4)  Apesar do “direito de cidade” ter sido oferecido aos povos das províncias orientais, seus deuses mantiveram-se isolados da religião romana imperial.

10. Leia o texto seguinte:

Quando ele (Augusto) seduziu os soldados pelos seus dotes, o povo pelas distribuições de trigo, todo o mundo pela doçura da paz, ele começou a se elevar por graus e a tomar para si as prerrogativas do Senado, das magistraturas, das leis.
Tácito, Anais.

A respeito do assunto de que trata o texto, julgue os itens a seguir.
(1)  O título de Augusto, atribuído a Caio Otávio em 27 a.C. e até então utilizado somente para o tratamento de dividandes, começou, desde logo, a denunciar as artimanhas do disfarce republicano do Principado.
(2)  O sucesso de César na implementação de uma monarquia com características orientais estimulou Augusto a tratar com desprezo a velha elite senatorial de Roma, que pouco apoio Ihe concedeu no início do Principado.
(3)  Augusto, ao fazer eqüivaler direitos políticos e posse econômica de bens, interferiu na ordem social romana, redefinindo critérios tradicionais de hierarquização social
(4)  Os insucessos militares de Caio Otávio, durante o Segundo Triunvirato, mostraram as fraquezas de seu comando, obrigando‑o a se render a Marco Antônio no Egito, em troca de trigo para as suas tropas esfomeadas.

11. A respeito de uma análise sobre a decadência do Império Romano podemos concluir que:
(1) a retração das guerras diminuiu o afluxo de escravos e isso criou dificuldades econômicas que, entre outros fatores, impediram a manutenção dos exércitos.
(2) no plano religioso destacou-se a propagação do cristianismo, que alcançou grande vitória com o Edito de Milão, responsável pela liberdade de culto.
(3) a crise do século III demonstrou o enfraquecimento econômico, provocando, entre outros fatores, a centralização do poder em mãos do Imperador.
(4) as invasões germânicas sobre o Império Romano do Ocidente levaram à crescente ruralização e desintegração da Europa Ocidental.
(5) a queda do Império Romano do Ocidente deve ser entendida apenas em função das invasões bárbaras responsáveis pela sua total desintegração.


12.       (UnB) – A partir da crise do Império Romano, iniciou‑se a estruturação das sociedades medievais. A respeito dessas sociedades, julgue os itens a seguir.
(1) A existência do trabalho servil, decorrente da emancipação do trabalho escravo e da sujeição dos trabalhadores livres, garantiu a base material da sociedade.
(2) As relações de suserania e vassalagem decorreram da centralização do poder monárquico e do crescimento da atividade mercantil.
(3) A vulgarização das técnicas de produção anteriormente já utilizadas na civilização romana acelerou o processo de expansão do sistema feudal.
(4) A ação da Igreja Católica restringiu‑se à pregação e à conversão dos fiéis, pois os dogmas dessa religião impediam que os eclesiásticos desempenhassem outras atividades além daquelas prescritas na doutrina.