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domingo, 28 de abril de 2013

EXERCÍCIOS REVOLUÇÃO FRANCESA 2º ANO 2013

exercícios sobre Revolução Francesa



REVOLUÇÃO FRANCESA

(...) É preciso punir não apenas os traidores, mas até os indiferentes; punir quem quer que seja passivo na República e não faça nada por ela; pois desde que o povo francês manifestou sua vontade, tudo que se opõe a ele está fora da soberania...é seu inimigo.
Saint Just (deputado jacobino)

1. Sobre a Revolução Francesa, julgue os itens abaixo:
(1) A Revolução teve início quando os jacobinos se rebelaram contra o pagamento dos impostos, proposto por Luís XVI nas Assembléias dos Estados Gerais, pois lutavam pela manutenção de seus antigos privilégios.
(2) A fase mais radical da Revolução, a época do Terror, resultou da concentração dos poderes nas mãos de Robespierre, que opunha-se a qualquer princípio republicano.
(3) A burguesia republicana (girondinos) enfrentou em 1796 a reação dos igualitaristas radicais e dos jacobinos, em um movimento conhecido como Conspiração dos Iguais.
(4) Napoleão assegurou à burguesia a estabilidade política e pôs fim aos distúrbios provocados pela “esquerda” igualitária e pela reação monarquista.
(5) A Revolução Francesa dominou a história, a própria linguagem e o simbolismo da política ocidental desde sua irrupção até o período que se seguiu à Primeira Guerra Mundial.


2.  A revolução burguesa de 1789 representou uma mudança qüalitativa nas relações estabelecidas na França e, por extensão, a toda Europa. Sobre ela podemos dizer:
(1) as relações servis de produção, ainda existentes, dificultavam as práticas capitalistas a toda economia francesa.
(2) o despotismo monárquico contrariava os interesses aristocráticos, mas satisfazia as intenções financeiras da burguesia.
(3) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão aboliu as prerrogativas feudais, mas não permitiu a emancipação definitiva do campesinato.
(4) à época do "Terror" houve a eliminação das dissidências políticas e a efetiva organização do poder popular.
(5) a ascensão de Napoleão representou a consolidação das conquistas burguesas e o impedimento para o avanço das reivindicações populares.
(6) os partidos girondinos e jacobinos não possuíam diferenças substanciais, porque seus componentes pertenciam a uma mesma base econômica.


Em sua forma mais geral, a ideologia de 1789 era a maçônica, expressa com tão sublime inocência na Flauta Mágica de Mozart (1791), uma das primeiras grandes obras de arte propagandísticas de uma época em que as mais altas realizações artísticas pertenceram tantas vezes à propaganda. Mais especificamente, as exigências do burguês foram delineadas na famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789.
Eric Hobsbawn. A Era das Revoluções

3.  Julgue os itens abaixo a respeito da Revolução Francesa de 1789:
(1) O pensamento liberal do século XVIII remonta à contribuição do inglês John Locke, para quem a propriedade privada era um direito natural e inviolável.
(2) A primeira brecha no fronte do absolutismo foi uma “assembléia de notáveis” escolhidos a dedo, mas assim mesmo rebeldes, convocada em 1787 para discutir o fim dos privilégios do 1o e 2o estado.
(3) A Revolução Francesa envolveu distintos setores e ideologias: a nobreza realista e conservadora; a alta burguesia liberal; e os jacobinos, representantes da pequena burguesia, “sans-culotte” e camponeses, que defendiam os interesses populares.
(4) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão era um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios e, ao mesmo tempo, um manifesto a favor de uma sociedade igualitária e democrática.
(5) O burguês clássico de 1789 não era um democrata, mas sim um devoto do constitucionalismo, de um Estado secular com liberdades civis e garantias para a empresa privada e de um governo de contribuintes e proprietários.


4.  Entre as revoluções liberais do século XVIII sobressai a francesa, de 1789 a 1815. Pode-se, então, afirmar que:
(1) na verdade, foi uma revolução com três visões revolucionárias distintas: a da burguesia, a do campesinato e a dos sans-culottes.
(2) foi marcada, em sua primeira etapa, por um governo de compromisso entre a burguesia e a nobreza, materializado no regime monárquico-parlamentar.
(3) atingiu seu ponto máximo de radicalização popular no período do Thermidor.
(4) tem na figura de Napoleão Bonaparte o seu consolidador, aquele que levou os princípios burgueses a grande parte da Europa.
(5) serviu de inspiração aos colonos ingleses da América do Norte, para o início de sua luta pela independência.
(6) foi responsável pelo Bloqueio Continental, ampla medida protecionista e militar para vencer a concorrência inglesa.





5.  Leia o texto a seguir, escrito em janeiro de 1789 pelo abade Sieyés, personagem que presenciou todas as etapas da Revolução Francesa.

O plano desse escrito é muito simples. Temos três questões a tratar: 1) O que é o Terceiro Estado? Tudo. 2) Que foi ele até o presente na ordem política? Nada. 3) Que solicita? Tornar‑se alguma coisa. (...) Mas de que Ihe serviria participar dos Estados Gerais se o interesse contrário ao seu aí predominasse? O povo apenas consagraria pela sua presença a opressão de que ele seria vítima eterna.
Com o auxílio das informações contidas no texto, julgue os itens seguintes, relativos às origens da Revolução Francesa de 1789:
(1) Os Estados Gerais, assembléia francesa desativada pelo vigoroso absolutismo vigente, foram convocados às vésperas da Revolução, na tentativa de se encontrarem saídas para a crise geral que abalava o país.
(2) A composição dos Estados Gerais refletia a divisão da sociedade em três ordens: clero, nobreza e terceiro estado, este com um número de representantes compatível com sua dimensão na sociedade francesa, isto é, uma bancada superior à das outras ordens juntas.
(3) A questão de como seria o sistema de votação impediu o funcionamento dos Estados Gerais: enquanto clero e nobreza defendiam o voto por ordem, o terceiro estado não abria mão do voto por cabeça.
(4) A Revolução teve início quando os representantes do terceiro estado afastaram‑se dos Estados Gerais.



6.  Na passagem do século XVIII para o XIX, até meados deste, implantou-se definitivamente o capitalismo e suas crises inerentes. Nesse período constatamos que:
(1) a Revolução Francesa foi um ponto de partida para a consolidação da burguesia no controle dos Estados na Europa Ocidental.
(2) o monopólio comercial foi um mecanismo que acelerou a acumulação primitiva do capital e, conseqüentemente, o advento da indústria, mas, paradoxalmente, a difusão desta exigia a extinção do monopólio.
(3) com a tomada da Bastilha, a 14 de julho de 1789, o "grande medo" toma conta da França; as massas populares assumem o controle político do Estado, abolindo os privilégios feudais e proclamando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
(4) o Congresso de Viena (1815) redimensionou o espaço ocidental, retardando o processo de industrialização na Alemanha e na Itália.

7.  Sobre a Revolução Francesa e a ascensão  de Napoleão Bonaparte, julgue os itens abaixo:
(1) A Revolução Francesa (1789/1799) foi uma revolução burguesa. Voltou-se contra o Absolutismo dos Bourbons e os privilégios da nobreza e do clero que entravavam o desenvolvimento do capitalismo.
(2) Dentre as fases da Revolução estão: a Assembléia Nacional (fase moderada); Assembléia Legislativa (fase de transição); a Convenção Nacional (a revolução atinge seu ponto máximo de "ebulição"); e o Diretório (fase de instabilidade política e econômica).
(3) Graco Bebeuf, chefe da Conjuração dos Iguais, é considerado um revolucionário marxista.
(4) Napoleão Bonaparte, em 9 de novembro de 1799, aplica o Golpe do 18 do Brumário e toma o poder, implantando o Consulado.



O Congresso de Viena foi orientado sobretudo pelo princípio da legitimidade e pelo ideal do equilíbrio europeu. (...) O espírito conservador, assumido pelos delegados de Viena, contribuiu para uma política agressiva de conquista de mercados, praticada pelas potências européias, gerando rachaduras  no edifício político europeu.
Myriam B. Mota & Patrícia R. Braick.
 História das Cavernas ao Terceiro Milênio




8. Sobre o Congresso de Viena e a conjuntura européia da primeira metade do século XIX, julgue os seguintes itens:
(1) As decisões do Congresso de Viena, de caráter conservador, impediram a eclosão de movimentos liberais na Europa.
(2) A Inglaterra desenvolveu uma “política agressiva de conquista de mercados”, que incluiu o apoio às independências latino-americanas e que concorreu para o fracasso relativo da Santa Aliança.
(3) A Europa, equilibrada em suas relações internacionais, viu crescer o movimento operário e as ideologias do socialismo utópico e científico.
(4) Conservadora em termos políticos, a Europa desenvolveu uma política econômica liberal, que tendeu à superação progressiva dos nacionalismos europeus e permitiu um avanço rumo à unidade européia.
(5) Ao aproximar-se a metade do século, o capitalismo europeu apresentava sinais de que o capitalismo liberal cedia espaço ao capitalismo monopolista, com indústrias que utilizavam matérias-primas de vários lugares e buscavam mercados em quase todas as partes do mundo.

      A série de agitações e movimentos revolucionários que caracterizam a sociedade européia após 1815 está ligada à insatisfação burguesa ante o estatuto político e social fixado em 1815 pelas forças conservadoras, insatisfação essa que nada mais é que a tradução, no plano social e ideológico, dos antagonismos suscitados pelo rápido desenvolvimento da produção capitalista industrial.
F. Falcon e G. Moura. A formação do mundo contemporâneo.

9.  Com o auxílio do texto, julgue os itens abaixo, relativos à evolução política ocidental nas primeiras décadas do século XIX:
(1) O Congresso de Viena (1814-1815) defendeu o retomo à ordem anterior à Revolução Francesa e ao período napoleônico, restaurando as antigas fronteiras européias e preservando os sistemas coloniais.
(2) Sob a inspiração de Metternich, chanceler austríaco, o Congresso de Viena consagrou o sistema europeu das grandes potências, autêntica barreira conservadora em torno da França.
(3) A Santa Aliança, nascida no Congresso de Viena, obteve êxito em sua tentativa de impedir as independências latino-americanas e as revoluções liberais na Europa.
(4) Fazendo um jogo de dupla face, a Inglaterra foi conservadora na Europa e liberal em relação às colônias latino-americanas que buscavam sua independência.
"Os filósofos se erigiram como preceptores do gênero humano. Liberdade de pensar, eis seu brado, e este brado se propagou de uma extremidade a outra do mundo. Com uma das mãos, tentaram abalar o trono; com a outra, quiseram derrubar os altares. Sua finalidade era modificar nas consciências as instituições civis e religiosas e, por assim dizer, a revolução se processou (...)"
(Advogado Séguier - 1770)

10.       As revoluções burguesas transformaram a realidade mundial entre os séculos XVII e XIX. A respeito desse contexto histórico, podemos afirmar que:
(1) a Revolução de 1688, na Inglaterra, representou o triunfo da burguesia capitalista sobre o absolutismo.
(2) a questão tributária foi pré-condição dos princípios de cidadania, tanto no caso da Independência Americana como no caso da Revolução Francesa.
(3) liberdade individual, liberdade de trabalho, liberdade de consciência, Estado leigo e igualdade perante a lei, foram princípios da Declaração de Independência Americana, mas não tiveram os mesmos aspectos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na França – 1791.
(4) Napoleão Bonaparte e o Congresso de Viena representaram os avanços conservadores do Antigo Regime, no quadro europeu do início do século XIX.

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